segunda-feira, março 31, 2008

Rapidinhas


Outro dia houve uma celeuma a respeito das indenizações dadas as vitimas do regime militar. Agora pergunto, a aposentadoria dos militares que derrubaram a democracia, que mataram, estupraram e torturaram? Continuam sendo pagas? Pelo que eu sei, existem até filhas destes militares recebendo pensão. Quanto a isso, silêncio sepulcral.
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Jornalistas, tal qual conhecemos, podem estar com os dias contados.
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Você é de direita?
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A CPI do Serra Sumiu! Deveria estar surpreso?
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O funcionário da Veja é um escroto.
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Por falar nisto, a brincadeira está em segundo lugar! Te cuida Veja...
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Não gosta do Michael Moore?
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Teve um reacinha que passou por aqui, falou, falou e não negou que fosse sustentado pela mãe. Agora soube que anda fazendo concurso público. É, não se fazem liberais como antigamente...
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É isso aí pessoal. Faltou falar que hoje foi o dia da maior tragédia da história do Brasil. O dia em que resolveram que o país deveria ser pequeno e mediocre. O silêncio arespeito desta data por parte dos nossos "liberais-democratas" (hahaha!) não deixa de ser sigificativo.

Será que ele mentiu?

Semana passada, lula fez um discurso no Nordeste:



Sabe, eu também continuo tendo o mesmo respeito que eu tinha antes do Severino ser eleito. A oposição não pode dizer isto, não que ela vá ficar com a conciência pesada...
Aliás a edição desta reportagem é um primor, cheia de "omissões". Mas fazer o quê? Jornalismo tem dono, não é? O mais impressionate é que eu fui procurar reportagens que a Globo tinha da época. Não encontrei nada! O que é meio estranho, já que a eleição de Severino é inegavelmente algo importante. Não é todo dia que os deputados quebram regras de décadas só para tentar desestabilizar um governo.
Eu poderia ficar escrevendo tratados sobre esta eleição. Mas vou deixar o placar: 300 X 195.
Tire suas próprias conclusões e tente mostrar se Lula mentiu...

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terça-feira, março 25, 2008

O liberalismo morreu?

Um mestre nunca revela seus truques, mas eu vou dar a dica. Se você estiver completamente sem tempo para escrever alguma coisa nova e não quer abandonar o blog, faça que nem eu. Coloque um texto ou vídeo legal que você viu na Internet.
Este texto mostra um pouco das contradições dos nossos "liberais-democratas".
Bom, lá vai:


Os liberais nunca se recuperaram da crise de 29. Deixando teorias da conspiração de lado, se os conservadores tivessem a planejado (apesar de forte influência do FED sobre a crise) eles teriam se surpreendido, porque o golpe foi certeiro, mortal. Até hoje o liberalismo está grogue, cambaleante, nada mais alienígena que um liberal discursando, parece que ele fala de outro mundo, de outro planeta, ficou vendo estrelas literalmente.

Quando me refiro a conservadores, não espero que todos sejam um Edmund Burke, assim como ninguém espera que todos liberais sejam um Mises e sim àqueles que compartilham de uma visão de mundo com essa ideologia.

Aliado Inoportuno
Após a crise de 29 o mundo deu uma guinada ao totalitarismo e intervenção estatal, países antes liberais como USA viraram uma social-democracia keynesiana e metade da Europa (na mais otimista avaliação) se tornou fascista ou ditaduras semelhantes, quando não pior como foi o caso do nazismo. Isso é natural na história, todos os regimes para se sustentarem no poder renegam o passado e fazem de tudo para associá-lo com o atraso.

A fragilidade do liberalismo romântico baseado no "Laissez-faire" afetou uma resposta adequada à crise, como explicar a quem perdeu tudo que o mercado se regula? Como pedir paciência para quem está com fome? Até hoje esse discurso ainda vigora no liberalismo e principalmente em países subdesenvolvidos como é o nosso caso, um liberal acredita realmente que consegue transmitir seja lá o que for a quem não tem o que perder?

O liberalismo, jogado a escanteio no início do século 20, se contentou em ser capacho dos conservadores, aqueles que adoram um estado pujante onde podem viver confortadamente no seu capitalismo abençoado que explora os menos abastados. Os liberais que se destacaram como Roberto Campos nada mais foram que executadores de agenda conservadora.

Assumimos uma agenda que não era nossa, nos desvirtuamos quanto aos aspectos sociais das relações humanas e ficamos em um lugar perdido entre o saudosismo do liberalismo clássico e a utopia de um mundo perfeito onde o mercado seria totalmente livre e coordenaria todos os desajustes com sua mão invisível.

Essa é a nossa tática, a tática do avestruz, enfiamos a cabeça no buraco utópico do liberalismo e esperamos que apenas o mercado livre resolva todas as relações humanas, como se um magnata com poder de decidir quem vive ou quem morre fosse sempre perfeito no seu juízo e só encontrássemos altruístas.

Essa bobagem de defender a democracia matou liberal, como se fosse uma maravilha perfeita, acima dos ideais humanos, onde se permite que qualquer atrocidade contra a liberdade individual em prol da "coletividade", esse apego ao suposto estado de direito é uma doença, veja onde vai parar o estado de direito com uma crisezinha na bolsa, deixe a massa ignara passar fome para ver quantas bastilhas são necessárias. Adotar a tática do avestruz é o que nos restou.

No final os conservadores ainda nos esculhambam por defendermos os direitos humanos e com vergonha assumimos a antipatia de medidas que nos afetarão na restrição de nossas liberdades.

Ao tentar responder a um social-democrata que acredita que o mercado livre não existe e que deve ser regulado com mão forte do governo para proteção de si próprio, o liberal não consegue responder em uma frase curta. Aliás, não menos do que citar 3 escolas, 10 autores diferentes, umas 15 obras e no final nem saber mais do que está se falando. Perdemos, temos que assumir a derrota e nos prepararmos para o admirável mundo novo.

Agenda socialista
Por mais inegável que o socialismo clássico bebeu da fonte humanista do liberalismo, os liberais ojerizam seu passado contestador e (r) evolucionário. Entregamos aos marxistas a luta pelo "social" e ficamos com o discurso alienígena de livre mercado, sequer teorizando como esse livre mercado resolveria os problemas clássicos das péssimas condições de vida que ainda passam um grande contigente em pleno século 21.

Lutamos contra a escravidão, a favor das liberdades humanas, teorizamos os direitos irrevogáveis dos homens mas hoje nos contentamos em discutir a taxa bancária, no máximo quanto seria o salário mímino para não onerar as contas públicas. Criamos o capitalismo que foi uma evolução ao modelo feudal obscurantista dominado por gente que se achava no direito divino de exercer sua intolerância e opressão e hoje defendemos um modelo caquético que protege os pilantras.

O discurso liberal anda tão fraco que ao ser questionado porque o capitalismo não resolveu os problemas da África, o liberal gagueja e adota a clássica estratégia do avestruz, nem se dar ao trabalho de evidenciar que o capitalismo passou longe daquele continente, que várias guerras civis foram entre "conservadores" e "socialistas", que liberal não faz guerra, ou pelo menos não devia.

Liberal defendendo o belicismo? Esse é o tipo de liberal de hoje.

Liberal defendendo o homofobismo? Esse é o liberal de hoje.

Liberal defendendo o combate ao tráfico de drogas? Esse é o liberal de hoje.

Liberal defendendo intervenção estatal? Esse é o liberal de hoje.

Liberal criticando movimentos sociais? Esse é o liberal de hoje.

Liberal criticando direitos trabalhistas? Esse é o liberal de hoje. (Não confundir direito com privilégio)

Os socialistas em geral se apegam a qualquer agenda que lhes favoreça, não é atoa que voce encontra um estado homofóbico em uma republiqueta de fachada dessas e defensores aguerridos contra a homofobia nas outras republiquetas que ainda não são socialistas.

Voce encontra fácil um grupo de socialistas defendendo a discriminação contra as drogas nos estados que são prospects socialistas e é punido com pena de morte nos que já o são.

Já o liberal moderno não, ele prefere se apegar ao livre mercado capitalista como se vivêssemos no século 19 ainda e adota o lema dos conservadores que se trabalhar forte e com garra voce consegue vencer na vida, simples assim.

Os Excluídos
Quer ver um liberal fazer análise é admitir que existem excluídos, é pecado discutir ou até aceitar que existem políticas públicas como saúde ou educação, como simplesmente uma massa de acostumados com o Wellfare State, mesmo que torto no nosso caso, fosse simplesmente abandonar a escola e a saúde pública onde sequer explicamos como eles se beneficiariam.

Não conseguimos criar um modelo que permita os excluídos se beneficiarem sem que os malandros oportunistas (que não são sequer excluídos) se apropriem e os políticos desviem os recursos destinados. Então o modelo continua apesar que achamos e creio que voces concordam que há algo de errado.

Existe um sentimento que algo está errado, um Bad Smell como dizem os estadunidenses (como os socialistas adoram chamá-los), mas não sabemos resolver esse estado errado.

A defesa das melhores condições de trabalho foi um ícone dos liberais nas disputas contra os conservadores, hoje se defende que o trabalhador deve estar a deriva de seus próprios extintos, como se a justiça sempre foi perfeita e um grande magnata será sempre punido caso esse descumpra o contrato de trabalho preestabelecido, convença a um trabalhador braçal de que é melhor para ele a possibilidade de ter que trabalhar 18 horas seguidas sem direito a férias. Quero só contar em quantas gargalhadas voce será escorraçado.

Livre Comércio
O discurso liberal do livre comércio é excelente para um camelô que vive à margem da sociedade, mas como ele vai entender que apesar das péssimas condições de atendimento no posto de saúde mais próximo ele vai ficar melhor com a saúde totalmente privada que não pode pagar?

Ele pergunta: "- Então é assim? Se por algum desastroso acaso do destino eu ficar um mês desempregado estou ferrado?" , eu respondo: É!

Não é atoa que não existam mais partidos liberais, não na defesa do liberalismo. Até mudar de nome estão mudando com vergonha dessa imagem.

Liberal não aceita sindicato, é por isso que os sindicatos no país viraram comitês de partidos marxistas das mais diversas classificações, eles pegam no pesado, eles "sujam" as mãos na lama das relações humanas apesar de que assim que chegam no poder, relegam esse passado, nós liberais relegamos antes sequer de ter um passado.

A defesa intransigente dos Tycoons modernos terem o direito de nos explorar é o calcanhar de aquiles do liberalismo, existe uma diferença enorme e perceptível que um vendedor de côcos na praia não é simplesmente um capitalista como um acionista do maior banco privado do Brasil, apesar de que semanticamente são. Os anarcos do início do século 20 já alertavam que apenas o livre mercado não conseguiriam conter a fúria desses magnatas, mas cadê um modelo alternativo?

Não é por menos que ser chamado de neoliberal virou palavrão pior que ter sua mãe esculhambada por prática daquela profissão tão antiga.

PS Daqui.

Moeda de troca



Para ser imparcial, eu posso criticar o Reinaldo de Azevedo, mas TENHO de criticar o Paulo Henrique Amorim? Eu posso achar o Olavão loção, mas TENHO que falar mal do Emir Sader. Tenho que malhar a Carta Capital para falar da Veja? Ora essa, quando o brasileiro vai aprender a separar as coisas e não nivelar por baixo, jogando tudo no mesmo saco? Quando ele vai aprender a dizer:

“A Carta Capital não inventa denúncias falsas, mas em compensação eu posso usar a Veja para forrar a gaiola do papagaio”.



Ora porra!

segunda-feira, março 24, 2008

Eu não disse?

Alguns dias atrás eu disse:

Sabe, a ministra fez besteira e pagou pelo erro dela, e eu acho muito bom que existam pessoas dispostas a investigar gastos com tapiocas de oito reais, mas acho muito esquisito que estas mesmas pessoas não queiram nem saber de investigar a privatização da Vale, a privatização da Telebrás, do bilhão dado ao Cacciola. Eu chego até a suspeitar que eles querem sabotar um governo com 70% de aprovação. Na minha terra isso se chama cara-de-pau...

Eu disse que achava engraçado o fato da oposição querer fazer uma verdadeira auditoria nas contas dos cartões corporativos por causa de uma tapioca enquanto dizia que era um absurdo investigar as contas de FHC por não haver “indícios”. Lógico que indício para esta gente significa somente o que aparece nos jornais e em revistas.
Pois bem, apareceu na imprensa. Mais precisamente na revista Veja. Mas olha só que barato, quando eu digo que nossa imprensa só funciona (e mal) quando tem um governo do PT. Então, segundo a Veja, o governo faz um levantamento dos podres de FHC e a revista chama este levantamento de CHANTAGEM?!? Caramba, que desafio à lógica! Então quem levantou os podres é quem cometeu crime?
A oposição, comédia, se sente vítima de chantagem. Por quê? Gastou com que não devia? Se fosse uma oposição séria já teria solicitado este dossiê para averiguar, qual o problema? Se esta CPI não fosse uma palhaçada, já teriam ido ver o conteúdo deste tal dossiê.
O comportamento da oposição de ficar caladinha depois que os podres de FHC apareceram é ridículo, mas esperado. O triste mesmo é o comportamento da imprensa, que saiu de um estado de farisaísmo insano para completo silêncio tão logo perceberam quem as investigações estavam implicando.
É, dizem que jornalismo é oposição, mas na realidade é que jornalismo antes de tudo, tem dono...


PS. Antes que eu me esqueça:


Mais vídeos!

Enquanto não tem nada para escrever a gente vai enchendo linguiça. Mas este vídeo é legal, vale a pena dar uma olhadinha.



Muito bom!

quinta-feira, março 20, 2008

Iraque: 5 anos


Os Estados Unidos completaram 5 anos de ocupação do Iraque. Na Segunda Guerra Mundial os EUA precisaram de pouco mais de 3 anos para derrotar (com uma ajudinha dos russos, é verdade) as potências militares que eram Japão e Alemanha. Hoje não conseguem derrotar nem um inimigo que mal tem armas, não tem aviões ou tanques e estão em um país do tamanho da França. Incompetência ou má-fé? Eu aposto nos dois...

Os rotos e os rasgados

A Globo e a Record resolveram brigar, até aí não é novidade. Faz uns dez anos que rola essa “Guerra Santa”. O último lance dessa besteira foi uma novela mostrando uma evangélica liderando uma cruzada contra “núcleo familiar pouco ortodoxo”.
Sabe, é uma coisa muito séria quando descaracterizam pessoas, julgam todo mundo no atacado e mandam tudo pro mesmo saco. È o primeiro passo para que coisas bem piores aconteçam depois.
É verdade que as igrejas, não só a evangélica, tem em muitas ocasiões tido opiniões contra o homossexualismo ou os cultos africanos. Isto sério e deve ser tratado. Mas por uma novela? Por que nunca foi feita uma reportagem séria, ouvindo os grupos negros? Será por que o chefe de jornalismo da Globo tem medo de ficar entoando o mantra de sempre (não somos racistas, não somos racistas...) na frente deles? Resolve o problema ficar discutindo quem ficou chutando a santa?
Estas atitudes só servem para tornar evangélicos, homossexuais e seguidores dos cultos africanos ainda mais vítimas de uma guerra que não tem nada de santa e nada tem a ver com o respeito e a dignidade das pessoas e sim uma irresponsável guerra comercial entre emissoras de televisão.

E não é que o Reinaldinho ficou feliz?

Reinaldinho ficou feliz com a saída do Paulo Henrique Amorim do IG. Deve estar mais feliz ainda de não ter mais de ficar dando justificativas bestas do porquê de estar perdendo no IBEST depois de ficar pedindo voto.
Mas não é que os direitistas-defensores-da-liberdade-cidadão-de-bem ficaram felizes com uma voz destoante sendo “calada”*? São as idiossincrasias do “liberalismo democrático” (hahaha!) do direitista brasileiro.
Claro, reinaldinho também ficou feliz com a saída de Mino Carta do IG. Cabe a perguta:

Quantos irão à sede da Abril quando esta finalmente resolver fazer um controle de qualidade nas coisas que ela publica?

Pelo grau de demência dos comentaristas de lá, temo que nem sejam capazes de conseguirem encontrar o endereço...


PS Claro que ele não foi calado, foi só demitido...

segunda-feira, março 17, 2008

Ter blog é complicado...


Formatei o HD e vou ter de formatar de novo. Ê dureza...

PS. Imagem daqui.

Créééééééuuuuuu!



Ganhando os clásicos, dando goleada...Rapáiz!!! Eu achava que o Luxa não durava o Campeonato Paulista, mas...

O ESQUERDISTA MÉDIO




O ESQUERDISTA MÉDIO

Eu acompanho este blog desde muito tempo, concordo com a maioria das coisas que ele diz. Tenho até coisa dele por aqui. Mas eu vou dar meu pitaco aqui.
Antes eu gostaria de estabelecer a seguinte convenção:
1- O que eu vou dizer aqui é simplesmente minha singela opinião.
2- O texto do Gravata é de humor, o meu é de tentativa de humor.
3- Meus comentários estão em itálico.
4- “DM” não significa Diogo Mainardi e sim direitista médio.
5- Quando eu não comento nada, quer dizer que a princípio concordo com o autor,


Este é o texto:

Brasileiros adoram falar (mal) da figura mitológica denominada "americano médio". Ele seria um ignorante, racista, truculento, manipulado por corporações midiáticas e, claro, um ardoroso comedor de asinhas de frango e telespectador do Super Bowl.

(Estereótipos são estereótipos, se bem que ATÉ HOJE a maioria dos americanos acredita que foram os iraquianos que destruíram o World Trade Center...)

Isso é uma bobagem, sem dúvida; principalmente porque, comparando tal mito com a REALIDADE do "brasileiro médio", temos que o correspondente norte-americano tem algumas vantagens, tais como: alfabetização, saúde, melhor expectativa de vida e, claro, a possibilidade de comer asinhas de frango vendo o Super Bowl.

(Comparar americanos com brasileiros é a prova que americanos não são ignorantes? É bem verdade que para ele o brasileiro médio é analfabeto, mas querer comparar laranja com pêra. Aliás, vou abrir espaço aqui no blog para elogiar os americanos, os caras colocaram um homem na Lua enquanto aqui nosso maior orgulho é ter vencido cinco vezes um torneio de futebol. Enquanto o candidato que vai concorrer nas eleições presidenciais americanas é escolhido em várias eleição com a participação de milhões de pessoas, aqui isto é decido em jantares para quatro. Até em matéria de maldade a nossa elite perde para a deles, enquanto a nossa se contenta em manter o próprio povo ignorante e com fome a de lá promove GUERRAS).

Mas vamos aproveitar a sacanagem subintelectual para criar um novo mito: o "Esquerdista Médio" (doravante denominado "EM").
Ele reúne todos os vícios engraçadíssimos que fazem de boa parte da esquerda brasileira objeto de anedotas de salão pelo mundo todo, rivalizando com o português da padaria e o papagaio fanho.

(Eu juro que nunca vi uma pessoa que faz uma piada de esquerdista e logo em seguida não demonstrar que é mais chato ou estúpido que o indivíduo descrito na piada. Deve ser questão de gosto).

O "EM" é petista, claro - Aula rápida de lógica filosófica: "nem todo brinquedo é uma bola; toda bola é um brinquedo"; ou seja, não vejam generalização em assertiva que não a contém. Releiam a primeira frase do parágrafo, que será repetida no seguinte, até compreenderem do que se trata.
Voltando: o "EM" é petista. Ele nem sempre é filiado, mas, mesmo quando tem carteirinha, não contribui financeiramente com o partido. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Quando exerce algum cargo em comissão ou recebe salário polpudo de uma fundação petista, às vezes dá uns "cem merréis" para organizar alguma palestra. E olhe lá.

(É verdade, tem muito bicão no PT mesmo, gente que nunca devia ter entrado lá. Mas o partido tem 1milhão de filiados e mais dezenas de milhões de eleitores, então querer transformar em esquerdista médio alguém que tem cargo em comissão ou recebe salário de fundação petista é no mínimo demonstrar ignorância em conceitos básicos de estatística).

Ele é favorável ao patrocínio estatal dos meios de comunicação menos privilegiados. Mas isso só vale para os veículos petistas. Quando descobriram que a Nossa Caixa anunciava na Primeira Leitura, acharam um absurdo. Mas não vêem problema algum na Prefeitura de Qüiproquó do Oeste, sob gestão petista, anunciar na Caros Amigos.

(Alguma coisa de absurdo deve haver em uma publicação de defende o estado mínimo receber dinheiro do governo, não sei. Não que não seja esquisito uma prefeitura dar dinheiro para uma revista ao invés de dar para comprar remédios em postos de saúde ou pagar melhores escolas e professares).

Porque uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. E o "princípio da desidentidade" vale para qualquer conceito que dê suporte à "lógica" do "EM".
No plano internacional, ele tem opiniões contundentes, todas elas embasadas em documentos irrefutáveis, quais sejam: textos do Emir Sader (ou algo com o mesmo valor científico).

(O Talkshit do Olavo e o Mídia sem Máscara é que tem valor científico...).

Ele é pró-Cuba, embora se defina contra toda e qualquer ditadura. Sua predileção pelo genocídio de Fidel é explicado por N razões, mas basicamente são perdoadas as ditaduras que empunhem bandeiras com as cores adequadas. O detalhe da garantia do direito à vida não costuma ser levado em consideração.

(O que acontece em Cuba é horrível, mas o pobre “DM” sofre tanto pelo que acontece lá mas não se importa pelas torturas, estupros e execuções que acontecem por aqui...)

Para o "EM", Hitler e Mussolini servem para exemplificar casos de extremismo da direita, mesmo tendo ambos dirigido governos com gigantismo estatal, ingerência governamental sobre o mercado, e outros detalhes tão pequenos de nós dois que estão em toda e qualquer cartilha socialista.

(Ontem o governo americano resolveu jogar 200 bilhões de dólares no mercado para conter a crise do setor imobiliário. Ah, esses comunistas...).

Foram tão fiéis ao socialismo que até incluíram a parte dos massacres, cada qual à sua maneira.
Mas o mesmo "EM" que imputa "direitismo" a governos atrozes não aceita que Stálin ou Pol Pot sejam chamados de esquerdistas, nem mesmo de socialistas. Nada disso! Suas "gestões" (e aqui a palavra ganha o mesmo sentido administrativo daquele de Gêngis Khan) perverteram os verdadeiros valores humanitários do que seria o socialismo.
Muitas vezes, na sanha de defender seus pontos indefensáveis, eles ultrapassam os já muito elásticos limites do ridículo. Outro dia, (e isso não é mentira!), um "EM" disse para mim que Stálin não era stalinista. Tudo que consegui dizer foi: "até que ele fingia bem, né?".

(E eu que já ouvi mais de uma vez que a ditadura militar brasileira era de esquerda?).

Um "bom debate", para o "EM", é aquele em que todos concordam e, claro, a concordância seja sobre algo apoiado por seu ideário. No mais, toda opinião contrária é: a) burra; b) alienada; c) imperialista; d) vendida; ou e) cara de cuíca (na opção de faltar algum argumento).

(a-COMUNISTA! b- COMUNISTA! COMUNISTA! COMUNISTAAAAAAAAAA!!! c- petralha, petralha, humpf! d- Au!au! au! Auauau! e- som de baba)

Ele aceita opiniões contrárias, desde que não sejam emitidas.

(Antigamente, por obra do “DM”, a pessoa perdia o emprego, era presa, tortura ou morta. Faz tem isto não acontece, mas por obra da luta do “EM” do que uma concessão do “DM”. Se aceitar opiniões é acatá-las sem crítica, só lamento...).

A percepção da realidade é uma coisa prejudicada para o "EM". Ele acredita, por exemplo, que Chávez seja um democrata. Ao mesmo tempo, afirma com veemência que o Mensalão nunca existiu. E para isso usa teorias brilhantes, que em geral refutam um crime simplesmente mudando sua tipificação no Código Penal.

(Chávez está no poder e continua lá pelo voto do povo venezuelano, o “DM” vai ter que se conformar. Quem tem que mostrar algum sentimento democrático é a oposição venezuelana. Aliás, quando em abril de 2002 houve um golpe contra a democracia venezuelana, o “DM” tão cioso da democracia em Cuba e no Brasil aplaudiu...)

Algo como quando alguém nos corrige dizendo que não se diz "assassinato", mas sim "homicídio"; ou quando dizem que um homicídio não foi "qualificado", mas "apenas doloso".
Uma vez um "EM" me falou que não poderia haver Mensalão e usou como "atenuante" o fato de João Paulo Cunha ter sacado uma fortuna num banco. Em seguida, como num golpe argumentativo de misericórdia, disparou: - Viu? Como é que vai ser o crime X, se aqui vemos o crime Y?

(Aí é que está, o José Dirceu e mais um monte de gente está sendo julgada no STF pelo “mensalão”, enquanto isso a venda de votos para aprovação da emenda da reeleição, pra ficar só nesse escândalo, não pôde sequer ser INVESTIGADA. Parece que o Brasil só funciona como uma república quando o PT está no poder. E o “DM” acha isso normal, vai entender...).

A preocupação é mais com a semântica do que com a ética. E não deixa de ser curioso que essa inquietação lingüística parta de quem não conheça os rudimentos do Português.
O "EM" critica a gestão de FHC pelo fato de ter sido neoliberal e também pela aliança com o PFL. Mas apóia Lula, mesmo diante da manutenção da mesmíssima política neoliberal, inclusive indo além e taxando os inativos. Sem contar alianças como as que o governo atual firmou com reservas morais como Sarney, Collor e Maluf.

(Infelizmente é verdade, e o “DM” vive jogando isso na cara do “EM”. Mas no fundo é só dor-de-corno...).

PFL, não; Maluf, sim. FHC era um "vendido"; Lula apenas usa os mecanismos necessários para a governabilidade. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O "EM", vocês devem saber, não trabalha. Talvez seu ócio sirva como forma de se sentir isento o bastante para defender a classe trabalhadora. Ninguém pode chamá-lo de "corporativista", já que ele supostamente fala em favor de uma categoria da qual não faz parte.

(Um milhão de filiados, uns 40 milhões de eleitores... é uma quantidade meio grande de vagabundos...).


Nas universidades, o "EM" nem chega a entrar na sala de aula (a não ser para divulgar os preços de uma festa ou a venda de camisetas do MST). Tão-logo faz a matrícula, vai para o Centro Acadêmico e lá permanece incubado durante todo o curso - alguns ficam por trinta anos, tamanha a vontade de "trabalhar" pelos outros.
Há representantes estudantis, do gênero "EM", que têm por volta de sessenta anos e já se matricularam em cinco faculdades, cada qual em um curso, quase sempre "jubilando" ou permanecendo tempo suficiente antes de perder a vaga.
Esse tipo de "EM" muitas vezes é filiado ao PCdoB, mas no fim das contas são todos petistas, já que o partido de Aldo Rebelo é uma espécie de braço - ou unha, como queiram... - do PT.


(É tudo verdade, eu nunca conheci um dirigente estudantil que não coubesse nesse estereótipo. Mas também é verdade que quase nunca o “DM” conseguiu montar uma chapa que desbancasse um personagem tão tosco quanto o descrito aqui. Ou por pura incompetência ou por burrice ideológica mesmo).


Os "EM, quando são admitidos em uma empresa, em geral se comportam de maneira parecida com a de seus colegas "estudantes". Se os de lá não estudam, os de cá não trabalham. Logo após o exame médico admissional, correm para o sindicato e se alojam ali durante vários anos (o padrão é o de seis a dez copas do mundo).
Sei de um "EM", por exemplo, que é sindicalista desde quando o Piazza estava na escalação de João Saldanha. E ele inclusive tem na memória todas as escalações da seleção canarinho, muito embora já tenha se esquecido das tarefas dos trabalhadores que representa na condição de "subsecretário adjunto institucional".


(Pela lei dos grandes números, boa parte do “EM” deveria ser conforme o descrito acima, seriamos país com menor número de acidentes de trabalho no mundo, ou pelo menos com o maior número sipeiros do mundo...).


Como todo bom idiota, ele é dogmático; não tem convicções, mas sim fé cega. Seu partido de coração não comete erros, seus aliados não cometem erros, seus amigos não cometem erros. Nem os amigos dos amigos. "Crimes", então, nem pensar. Sacrilégio! Blasfêmia!
Quando surge alguma notícia negativa a respeito da legenda na qual deposita sua fé, o "EM" imediatamente considera uma manobra da mídia golpista. Essa mídia, aliás, até anteontem empregava justamente os que hoje a acusam de não ser o que é (ou de ser o que não é...).


(Não é que a imprensa é golpista, apesar de às vezes inventar notícias, o problema é que ela aparentemente só funciona quando o PT está no governo).


No fim das contas, o "EM" desfia um rosário de ofensas ao imperialismo dos EUA, em especial ao americano médio que devora asinhas de frango enquanto vê o Super Bowl.


(“EM” faz muito bem. Nenhum imperialismo é bom).


E faz isso tomando cerveja e vendo algum jogo de futebol na TV do boteco. Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.


Delícia!


===NNN===

Como eu disse, estereótipos são estereótipos, e eles não nascem à toa. Não tem nada que o Gravata tenha dito que eu ache que seja mentira. Só não concordo com a generalização pelos motivos que eu escrevi acima. Se a imensa maioria (uns 99,99%) das pessoas que são filiadas ao PT ou que votaram no PT não tem cargo comissionado, recebem dinheiro do PT, pertencem a um sindicato, ao movimento estudantil ou mesmo fazem parte da SIPA. É claro que é uma generalização.
O “EM” apanhava da polícia durante a ditadura, lutou pelas diretas. Onde estavam os “DM” naquela época? O que dizem hoje sobre o bolsa-família? O que fizeram para corrigir a desigualdade social do país?
Todo mundo reclama do clima de “Fla x Flu” que existe atualmente, e estas generalizações são parte disto. Mas existe um mundo real fora dos blogs. Quem faz parte deste mundo deve morrer de dar risada desta palhaçada.

PS. Este texto foi uma tentativa de humor, mas quem quiser rir um pouco, pode ir aqui ou aqui.

PS2. Tem um texto bem legal sobre a inglória luta da direita contra a esquerda.

PS3. Gravata não é “DM”.

quinta-feira, março 13, 2008

Esse blog...

Aqui as coisas são meio atrasadas, eu não tenho muito tempo para cuidar deste blog. Vamos ver se eu consigo colocar alguma coisa amanhã sobre o entrevero entre Colômbia e Equador e também sobre outro entrevero, este entre o Pedro Dória e o Idelber.

Músiquinha no Blog

Ué moçada, também sou filho de deus...



É fera a Tina Turner nova. E o filme é da hora, lógico.

quarta-feira, março 12, 2008

Vídeo fera

Este vídeo é da hora:



Muito interessante.

quarta-feira, março 05, 2008

Acho que estou ficando louco...

Eu pensava que a Zulaiê Cobra não tinha sido eleita. Agora parece que ela tá no Senado...

segunda-feira, março 03, 2008

Ainda sobre os cartões

Vou colocar na íntegra. Do blog do Josias:



Quando focalizou o atacado dos R$ 171,5 mil que Matilde Ribeiro pendurara no cartão de crédito, a imprensa mandou ao olho da rua uma ministra que não conseguiu explicar o inexplicável. Quando se deixou seduzir pelo apelo da tapioca de R$ 8,30 do ministro Orlando Silva, o noticiário descambou para um varejão de miudezas que pendurou nas manchetes uma penca de equívocos e injustiças.

O ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) guarda no computador um texto que deixa mal o jornalismo. Relaciona 11 erros crassos que envenenaram o noticiário sobre cartões corporativos. Considerando-se que o Congresso se prepara para instalar uma CPI que vai se ocupar do tema, vale a pena reproduzir o conteúdo do arquivo eletrônico de Hage.

1. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi acusada de ter utilizado o cartão corporativo para adquirir roupa de cama. Despesa regular e necessária, atestaram os técnicos da CGU. Os panos forraram as camas utilizadas por servidores da agência que realizam a fiscalização sanitária no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. São plantonistas, obrigados a pernoitar no batente.

2. A Polícia Federal escalou o noticiário por ter sacado o cartão numa clínica de estética chamada By Kimberly. Eis o detalhe que a reportagem não relatou: a despesa decorre de pagamento de um revólver, devolvido à PF nos termos do Programa Nacional de Desarmamento;

3. Denunciou-se que o cartão do Ministério da Agricultura despejara verbas públicas numa agência de matrimônio. Os técnicos da CGU foram atrás. Descobriram o seguinte: pagou-se, na verdade, a manutenção de veículo do ministério numa oficina mecânica. Por equívoco da Receita Federal, a oficina fora classificada no Cadastro de Pessoas Físicas como intermediária de casamentos. Alertado, o fisco promoveu a correção.

4. Acusou-se o comando da Marinha de sacar o cartão para adquirir um bichinho de pelúcia. Era lorota. Comprou-se, na verdade, um pedaço de veludo. A loja trazia o vocábulo “pelúcia” na logomarca. Mas o pano foi usado para forrar uma bandeja que carrega medalhas em solenidades de condecoração militar.

5. Criticou-se a Marinha por ter manuseado o cartão corporativo numa casa chamada Beleza Cosméticos Ltda.. A compra destinava-se à aquisição de material de consumo para um curso de barbeiro ministrado na Escola de Fuzileiros Navais;

6. Atacou-se a Marinha, de novo, por conta da aquisição de uma caixa de bombons. Os chocolates serviram para retribuir gentilezas à esposa de uma autoridade militar estrangeira que visitou instalações navais do Brasil.

7. Noticiou-se o gasto de uma repartição pública numa loja que trazia o termo “joalheria” enganchado no nome. Compraram-se jóias? Não. Foram adquiridas baterias para um telefone celular.

8. Informou-se que, na Universidade de Uberlândia, até motoboy dispunha de cartão de crédito. Na verdade, tratava-se de um agente administrativo que tem entre suas atribuições a realização de compras emergenciais da reitoria. Por acaso, o servidor vai às compras equilibrando-se numa motocicleta.

9. A própria CGU freqüentou o noticiário por ter mandado roupas para uma lavanderia. Foram à máquina de lavar toalhas de mesa usadas num evento festivo da repartição: o Natal dos funcionários.

10. Um servidor do setor de manutenção do Ministério das Comunicações ganhou notoriedade por ter mandado reparar o forro de uma mesa de sinuca. O móvel encontra-se na garagem do ministério há 16 anos, desde 1992. Traz a plaqueta de “patrimônio da União”. É usado como passatempo dos motoristas, nos horários de folga. Para a CGU, a despesa foi absolutamente legal.

11. Entre as supostas irregularidades praticadas pelo ministro Altemir Gregolin (Pesca) mencionou-se um gasto de R$ 70 feito na choperia Pingüim, em Ribeirão Preto (SP). Varejando as notas da prestação de contas, a CGU verificou que o cartão pagou uma refeição do ministro. Não há no documento menção a bebida alcoólica. Perscrutando a agenda de Gregolin, verificou-se que teve compromisso oficial na cidade no dia em que comeu na choperia mais famosa de Ribeirão.

Nem todas as miudezas escaparam à glosa da CGU. O próprio ministro da Pesca viu-se constrangido a devolver às arcas da Viúva R$ 538 –R$ 512 de um almoço que pagou, sem amparo legal, a uma delegação de autoridades chinesas e R$ 26 de uma outra refeição na qual dividiu a mesa com um acompanhante.

Também o custeio da tapioca do ministro Orlando Silva (Esportes) não pôde ser encaixado na lei. Como as suspeitas estenderam-se dos R$ 8,30 a gastos mais robustos, feitos em restaurantes e hotéis, o ministro optou pos restituir ao Tesouro os R$ 30,8 mil que gastara entre 2006 e 2007. Aguarda a conclusão de auditoria da CGU, para saber se terá direito a algum troco.

Por ora, a CGU concluiu apenas a análise dos gastos de Gregolin. Nos próximos dias, será encerrada a inspeção nos extratos da ex-ministra Matilde. O repórter apurou que ela terá de ressarcir aos cofres públicos uma cifra bem mais expressiva do que os R$ 461 que deixou numa loja de free shop. A auditoria de Orlando Silva será mais demorada.

Seja como for, parece recomendável que a nova CPI concentre-se no atacado dos gastos com cartões -as despesas à Matilde e os dispêndios secretos do Palácio do Planalto, por exemplo. Se deslizarem para a miudeza, os congressistas arriscam-se a ter de fazer uma outra CPI, dessa vez para investigar o teatro das comissões parlamentares de inquérito e a inutilidade de boa parte do noticiário.

Notículas

Nota 1

Parece que a brincadeira está dando certo. Hoje estava em 6º lugar. Nada mal, são os blogs novamente peitando a grande imprensa.

Nota 2

Depois que eu coloquei o contador, descobri que vem gente até da França visitar meu blog (um abração Confetti). A Internet é impressionante. Sempre.

Nota 3

Idelber matou a pau. Só isso.

Nota 4

O Blog tá uma zona mesmo. Formatação terrível, lay out básico. Tô aprendendo.

O poder do amor...

Sim, de novo ele:

Será que o Papa sabe dessa presepada?


Desenho legalzinho...

Taí, gostei...



domingo, março 02, 2008

Este tinha que estar no blog!

Bom, eu ando muito por aí lendo os blogs. Aliás, eu prefiro mais ler do que escrever, infelizmente. Este texto eu encontrei no Idelber, um texto maravilhoso do Marconi Leal que me lembra muitas coisas bizarras que eu ando lendo por aí, por isso entra na íntegra:
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OS 10 CONCEITOS-CHAVE DO CONSERVADOR MODERNO
Como o capitalismo saiu vitorioso da Guerra Fria e o comunismo atualmente só existe em lugares obscuros como Cuba, Vietnã e a cabeça de Diogo Mainardi, a moda brasileira mais recente é se tornar conservador. Tem muita gente lendo e, em alguns poucos casos, até entendendo Burke, Chesterton, Friedman e Johnson. Em compensação, há também pessoas cometendo alguns equívocos desconcertantes, como certo amigo meu que, no afã de seguir o laissez-faire, levou tão a sério a Escola Austríaca que, mês passado, em nome do Estado mínimo, mudou-se para Sergipe.Por esse motivo, e apesar de social-democrata de matiz escandinavo (para mim, como já disse mais de uma vez, trata-se do sistema mais justo do mundo, sobretudo quanto à aparência das mulheres), resolvi prestar um serviço de utilidade pública e reunir, abaixo, os 10 conceitos-chave da nova crença conservadora em nosso país. Leiam, decorem e, por fim, testem a eficácia deles gritando-os em voz alta ao invadir um acampamento de sem-terra. Confiram.
1. Todos os problemas do universo, a começar pelas supernovas e a extinção do sol daqui a bilhões de anos, são culpa da esquerda, a quem se devem também alguns desastres naturais como o furacão Katrina.
2. Os problemas do Brasil começaram quando, em vez de ensinar os índios a serem escravizados e torturados de acordo com as leis do mercado, Pedro Álvares Cabral, notório esquerdista, preferiu distribuir Bolsas Pau-brasil entre eles, acabando com a vontade de trabalhar dos selvagens e transformando-os em alcoólatras, vagabundos e hippies.
3. Graças a escravos negros e esquerdistas motivados por utopias estúpidas como a da igualdade racial e outras baboseiras maximalistas, nosso país não pôde se aproveitar das vantagens competitivas de uma mão-de-obra barata, sendo obrigada a trocá-la, após um período inicial de testes de apenas três séculos, por trabalhadores que recebem – pasmem – dinheiro em troca de seus serviços.
4. O movimento militar de 64 foi um contragolpe. Todo o mundo sabe que aqueles dez ou quinze sujeitos armados de bodoques, maoístas da pior espécie, mais cedo ou mais tarde combateriam as forças armadas e as derrotariam com facilidade.
5. O fechamento do Congresso e a redação de uma nova constituição por parte de Fujimori, além de inúmeras outras violações da ordem legal em diversas partes do mundo durante a década de 90 não tiveram grande repercussão nem levantaram clamores por democracia no Brasil – diferentemente do que ocorre hoje com relação à Venezuela – porque, como se sabe, pela definição histórica clássica, a ditadura só se configura como tal quando o ditador detém todos os poderes, suprime os direitos humanos, sufoca a oposição e usa camisa vermelha com boina.
6. A classe média é um estamento social lindo (Veloso, 2002), verdadeiro guardião dos valores do bem. Sem ela, as empregadas domésticas estariam subindo pelo elevador social e tomando banhos em nossas piscinas, além de recebendo – Deus nos livre – salário com desconto da Previdência.
7. A crise ética e moral que vivemos não tem nada a ver com a decadência dos valores da sociedade liberal moderna, a partir do século XIX, muito menos com gente como Nietzsche e Dostoiévski. É resultado apenas do fato de as escolas nacionais, esquerdistas que são, terem adotado Frei Betto e outros perigosos teóricos comunistas no currículo.
8. Os brasileiros são esquerdistas: daí, por exemplo, as filas e os sinais de trânsito não serem respeitados no país.
9. Ao contrário do que ocorre em outros países menos altruístas e pouco baseados no pensamento de Jefferson, a política externa dos Estados Unidos não procura, jamais, influenciar a de Estados independentes no sentido de se beneficiar comercialmente, mas apenas para espalhar valores democráticos e bonitos.
10. Prêmios Nobel como García Márquez e Saramago são burros, burros, coitados. Afinal, está cientificamente comprovado que é impossível ser inteligente e de esquerda ao mesmo tempo.

sábado, março 01, 2008

Ando pensando...

Eu queria aproveitar em falar um pouco sobre o filme Tropa de Elite, aproveitando a recente declaração do presidente que “Se porrada educasse, bandido saía da cadeia santo” e a premiação do mesmo filme no festival de Berlim. Inicialmente pensei em tratar o assunto em dois ou três posts. Também estou pensando colocar alguns livros que eu li ou estou lendo que em mais ou menos a ver com a proposta deste blog. Vamos ver...